O reajuste salarial dos professores de 2023 foi garantido em 82 dos 184 municípios do Ceará, de acordo com levantamento da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
Em 16 de janeiro, o ministro da educação, Camilo Santana, anunciou que o piso dos professores seria ajustado em 14,95%. Cabe aos estados e municípios reajustar o valor do salário.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), afirmou no dia 26 que o Governo do Estado elabora um planejamento para cumprir o aumento do salário dos professores da rede estadual de ensino. Os estudos são feitos entre as Secretarias da Educação (Seduc), do Planejamento e Gestão (Seplag), e da Fazenda (Sefaz).
A maioria das gestões municipais cearenses concederam reajuste salarial. Isso representa um crescimento salarial igual ou superior a 14,95%. De acordo com a Fetamce, apenas o município do Eusébio, na Grande Fortaleza, ficou com um reajuste em 14,81%.
Em 39 municípios foram aplicados percentuais acima dos 14,95%, previstos nos mecanismos de cálculo de reposição da categoria, segundo o Fetamce. A cidade com maior reajuste aplicado foi Paraipaba que autorizou 16%.
Para Enedina Soares, presidenta Fetamce, o grande número de cidades com reajuste anunciado é resultado da organização do movimento no Ceará.
“A mobilização, organização e capacidade de luta dos professores e professoras dos municípios Ceará tem sido determinante para que autoridades de várias cidades do estado atendam a reivindicação pelo imediato reajuste salarial do magistério em 2023”, diz a dirigente.
Aumento anunciado por Camilo
Camilo Santana anunciou um reajuste de quase 15% no piso salarial dos professores, que passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
A lei do piso salarial dos professores, sancionada em 2008, estabelece que o reajuste deve ser feito anualmente, no mês de janeiro.
Em 2022, o reajuste para os professores foi de 33,24%, passando de R$ 2.886 para R$ 3.845,63. O piso salarial é definido pelo governo federal, mas os salários da educação básica são pagos pelas prefeituras e pelos governos estaduais.
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